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Rosebud (o verbo e a verba)

Baniram o gerúndio, serão lágrimas de hipocrisia?

Dolores, dolores, dólares…

O verbo saiu com os amigos
pra bater um papo na esquina,
A verba pagava as despesas,
porque ela era tudo o que ele tinha.
O verbo não soube explicar depois,
porque foi que a verba sumiu.
Nos braços de outras palavras
o verbo afagou sua mágoa, e dormiu.

Dolores, dólares…

O verbo gastou saliva,
de tanto falar pro nada.
A verba era fria e calada,
mas ele sabia, lhe dava valor.
O verbo tentou se matar em silêncio,
e depois quando a verba chegou,
era tarde demais
o cádaver jazia,
a verba caiu aos seus pés a chorar
lágrimas de hipocrisia.

dolores, dólares… (rosebud)
dolores e dólares… dólares! (rosebud)
dolores e dólares… (rosebud)
que dolor que me da los dólares
dólares, dólares
ai que dolor, que dolor que me da los dólares

Lula Queiroga (música: Lenine)

2 respostas em “Rosebud (o verbo e a verba)”

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