Neste ano de 2021 começa a Década do Oceano (UN Ocean Decade), um programa das Nações Unidas para estimular as ciências marinhas e promover o desenvolvimento sustentável dos oceanos.
Por isso, nossa missão de divulgar a biodiversidade marinha através do Cifonauta ganha um contexto ainda maior!
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Além de oferecer alimento e abrigo a inúmeras espécies, os manguezais da baía atuam na filtragem de poluentes e na proteção da linha da costa
Com linguagem acessível e muitas imagens, o livro resume tudo que conhecemos sobre os resquícios de mangue da baía do Araçá em São Sebastião, São Paulo. Uma visão integrada dos aspectos históricos da região, da sua biodiversidade extraordinária e de sua riqueza que sustenta populações locais.
Traços da fauna local na areia da baía do Araçá. Foto: Gabriel Monteiro.
Enterrada nos fundos de areia e lama, ou agarrada às rochas, vive uma imensa variedade de organismos de grande importância à vida marinha e humana
O livro foi organizado pela UNICAMP com suporte do Programa Biota FAPESP em colaboração com diversos institutos e pesquisadores. É bonito e grátis! Ótimo para conhecer um pouco mais sobre tudo que acontece em nossos manguezais.
O Cifonauta foi inaugurado no dia 26 de setembro do ano passado (2011) e completa hoje 1 ano de vida pública. A ideia de um banco de imagens da vida marinha, no entanto, é mais antiga.
A documentação fotográfica faz parte de muitas abordagens de pesquisa e nos 30 anos de CEBIMar muito material foi coletado e estudado. Revistas especializadas e atividades de extensão do centro como cursos, folhetos e palestras são o destino comum deste conteúdo. No entanto, apenas uma pequena parte é publicada desta maneira, o restante acabava nunca vindo a público. São fotos e vídeos acumulados ao longo dos anos e que de certo modo representam a diversidade da vida marinha do litoral norte de São Paulo. Como aproveitar este potencial?
A ideia do Alvaro era criar um banco de imagens para divulgar os organismos documentados no CEBIMar. A primeira versão do site do CEBIMar, por exemplo, já continha uma galeria curada à mão contendo fotos de organismos marinhos separadas por classificação taxonômica.
A segunda versão do site também continha uma galeria ainda maior com cerca de 1000 fotos. Ainda assim, era pouco para o volume de material nos arquivos do CEBIMar. A oportunidade surgiu com um edital do CNPq e assim criamos o Cifonauta.
A ideia é simples. Um banco de imagens sobre biologia marinha abastecido pelos próprios pesquisadores do CEBIMar. Especialistas cujo conhecimento permite enriquecer as imagens com informações adicionais. No caso, nome da espécie, classificação taxonômica, habitat, estágio de vida, modo de vida, tamanho, geolocalização, técnica utilizada, etc. Estes dados permitem não só saber um pouco mais sobre o organismo, mas também filtrar o conteúdo do banco combinando marcadores.
Outro diferencial do Cifonauta é que não colocamos apenas a melhor foto de cada ser. Uma foto é um recorte espacial e temporal e um organismo é um ser complexo tridimensional. Por isso, colocamos diversas imagens representativas de um mesmo organismo como no Chromodoris paulomarcioi. Todo o material sobre o vida de bolacha também está disponível na página da Clypeaster subdepressus.
Outro exemplo recente da utilidade do banco veio da iniciativa de pesquisadores da meiofauna do CEBIMar (organismos que vivem entre grãos de areia). Eles produziram um filme fantástico chamado Vida Entre Grãos e adicionaram todas as fotos e vídeos utilizados ao Cifonauta. São 538 fotos e 167 vídeos documentando a biologia destes organismos. Tardígrados, ácaros, nemertíneos, poliquetos, quinorrincos, gastrótricos, moluscos – entre outros! Não é qualquer pessoa que já viu um gastrótrico andando por aí… mas agora qualquer pessoa pode. E é esse o ideal do Cifonauta.